Quando uma planta é destilada, a água resultante no final do processo é chamada de hidrolato ou hidrossol. Esse é um produto que vem ganhando espaço no mercado, entenda por quê.
Suzanne Catty, autora do livro "Hidrossóis: a aromaterapia do futuro", define da seguinte forma: “Os Hidrolatos são a água condensada coproduzida durante a destilação a vapor ou hidro destilação de material vegetal para fins aromaterapêuticos”.
Há algum tempo atrás os hidrolatos eram chamados de subprodutos da destilação, tanto que alguns destiladores jogavam essa preciosidade fora, hoje é chamado de coproduto, que é o mais correto já que ele é produzido ao mesmo tempo. Isso demonstra a importância que ele está ganhando no mercado, mas é um fato que ainda estamos em processo de descoberta de todos os benefícios. É preciso ressaltar que algumas plantas são destiladas apenas objetivando a obtenção de hidrolatos, pois não produzem óleos essenciais.
Essa água residual da destilação é basicamente composta de moléculas voláteis presentes nos óleos e outras não voláteis como os ácidos que se incorporam na solução, formando assim o hidrolato, apresentando então aroma e sabor característicos.
Os autores divergem bastante com relação ao percentual de moléculas aromáticas que o hidrolato apresenta, e claro que também é variável de acordo com a planta e a forma que o processo de destilação foi feito. Mas é um fato que essas águas carregam as propriedades dos óleos essenciais de forma muito gentil e sutil, não necessitando de diluição, por isso é tido por muitos como a homeopatia da aromaterapia. Eles possuem uma potência terapêutica espetacular, atuando não só sobre o físico e a psique, mas também na nossa constituição energética.
As vezes algumas empresas vendem um produto como hidrolato, mas na realidade não são. Entenda a diferença:
- quando se pinga algumas gotas do óleo essencial em água, alguns utilizam um solubilizante, se você agitar o produto e perceber a formação de espuma, provavelmente ali tem a presença de um solubilizante.
- águas florais ou aromáticas que não são resultantes do processo de destilação
- águas condensadas do processo de secagem de plantas
Alguns desses falsos hidrolatos não são fáceis de identificar, pois irão ter a mesma descrição. Uma dica é verificar a composição no rótulo, o correto para um hidrossol seria ter o seguinte INCI Name: Occiumum basilicum hidrolat ou floral water. Se no rótulo consta Pelargonium graveolens flower oil, aqua, Melaleuca alternifolia leaf oil, cuidado, provavelmente é a mistura de óleo de gerânio com água e ainda incluíram o tea tree para uma suposta conservação, o que compromete a energia, o sabor e o aroma do produto final.
Os hidrolatos por serem uma base aquosa são muito mais suscetíveis a contaminação e crescimento de microorganismos, por isso algumas dicas são fundamentais:
- compre em quantidades pequenas
- sempre guarde eles na geladeira
- separe quantidades menores para seu uso diário, evitando abrir o frasco com muita constância.
Vamos falar no próximo post as inúmeras possibilidades de uso dos hidrolatos.
Janaina Sauer Rosa
Aromaterapeuta certificada pela Abraroma P245-C004
Terapeuta Holística - Sinaten CTN/SP 02391
Fonte: Livro Hidrossóis: a aromaterapia do futuro de Suzane Catty, que você pode comprar na nossa loja.
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